Tite já viveu, como técnico do Corinthians, uma histórica eliminação para o colombiano Tolima na fase prévia da Copa Libertadores. Otreinador trabalha para evitar nova surpresa na estreia do Timão no Mundial – contra um rival neozelandês, japonês ou egípcio –, mas jura que a preparação é pautada na coragem.
“Cara, se eu tivesse medo de alguma coisa, não seria técnico de futebol. Você está exposto a vitórias e a derrotas. Às vezes, você é o cara. Recebi esses dias um e-mail com a foto de um cara com uma tatuagem minha no braço. Isso não é comigo, é amor ao clube. O técnico tem que ter paixão por aquilo que faz e ser corajoso. Perder é do jogo”, disse o gaúcho.
É do jogo, mas o técnico não quer colocar nova zebra no currículo. Por isso, ele já estudou bastante os perigos que o Sanfrecce Hiroshima, do Japão, e o Al Ahly, do Egito, podem oferecer no próximo dia 12, em Toyota. O Auckland City, da Nova Zelândia, é visto como um rival muito improvável.
“O Hiroshima joga no 3-6-1, com dois alas espetados que voltam para marcar em uma linha de três. Eles têm dois meias, um atacante enfiado e uma transição de velocidade, verticalizam o jogo. Melhorou o futebol japonês na sua qualidade técnica. A abertura de tudo isso foi com o Zico”, disse Tite.
O treinador observará essa disposição tática na próxima quinta-feira, quando o Hiroshima enfrentará o Auckland no jogo de abertura do Mundial. Três dias depois, o vencedor dessa partida medirá forças com o Al Ahly, confronto do qual sairá o adversário do Corinthians nas semifinais.
“O Ahly tem duas linhas de quatro, com dois atacantes. Às vezes, eles usam ao longo do jogo o Aboutrika, um cara mais experiente para fazer a ligação com o ataque. É um time que joga com naturalidade, a bola não queima no pé. Eles atuaram da mesma forma nas duas partidas contra o Espérance (na final da Liga dos Campeões da África)”, comentou comandante alvinegro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário